SINOPSE:
NESTAS PARAGENS, TUDO TEM UM SIGNIFICADO. TUDO PODE SER ALGO ALÉM DO CASUAL. ASSIM, ELE SE PERGUNTA: ESTARÁ A TERRA EM REFAZENDA?
Na costa da Bahia, tal
como Cabral, ali, bem pertinho do Totem de Força do Mestre Didi – não tem erro:
lança aponta mesmo é para o céu.
O céu se molda à penetração da lança,
tal como Nuit e Hadit.
O céu é meu Amor (quanto mais, melhor)
- Hum! (ela
diz) O senhor e suas visões.
- Hummm... nada mau. É um cavalo marinho,
não é? (só que eles não são assim). E tem um olho. Estou vendo. Mais uma pro
caldeirão fervente, não é? Pois então, meu caro capitão, esta é a razão de sua
viagem; temos de transformar seu caldeirão vermelho fervente em deliciosas
rosquinhas, está me entendendo? Rosquinhas simples e deliciosas para a gente
comer. Depois o senhor continua com seus planos de mudar inteiramente a face do
mundo ocidental. Primeiro, as simples rosquinhas que te pedi. Então, o senhor acha
que consegue?
Eu protestei dizendo que minha tarefa era
bem mais complexa do que fazer rosquinhas, que sua metáfora me parecia
largamente disparatada – embora eu tenha ficado muito intrigado com a parte do
“caldeirão”.
Mostrei a ela a imagem que me
viera à mente quando ela falou em Caldeirão Vermelho Fervente. Uma coisa que eu peguei da internet em 2004 e que se tornou um símbolo forte para mim, por 93 razões.
- Não – ela disse – seu caldeirão não me
parece tão harmônico quanto esse. Além do mais, isso aí é púrpura, não está
vendo? É puro púrpura; joia rara. O seu é vermelho fervente, lava de vulcão.
Mas gostei da lembrança, senhor capitão; pode servir, quem sabe, de referência
para o senhor. Isto aí são espirais, não? Duas. Que bonito. O senhor está no caminho certo.
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